Campimetria Manual

O exame de Campo Visual (Campimetria) é de grande importância no diagnóstico e acompanhamento de diversas doenças, entre elas glaucoma, doenças do nervo óptico, da retina e também algumas enfermidades neurológicas.  O exame de Campo Visual detecta alterações do campo de visão (principalmente periferia), que na maioria das vezes, são imperceptíveis para o paciente.

Umas das doenças que utilizam este exame como diagnóstico e quadro evolutivo é o Glaucoma, que tem seu diagnóstico acompanhado de medida da pressão intra-ocular, avaliação do nervo óptico através do exame de fundo de olho e análise da camada de fibras nervosas. O Glaucoma é uma doença que pode e deve ser tratada. Portanto, assim que houver suspeita de um quadro de Glaucoma, o Campo Visual deve ser solicitado

O exame é muito simples, cada olho é examinado separadamente, sem dilatação, onde o paciente deve acusar, por meio de um botão, toda vez que perceber uma luz. Esta luz, que chamamos de estímulo, é emitida de diferentes tamanhos e intensidades. O exame é realizado por um técnico treinado, que antes do exame verifica as condições clínicas e suspeita de doença do paciente descritas no relatório e pedido médico. Antes do exame o técnico realiza algumas perguntas para avaliar qual a melhor técnica para a realização daquele exame, fazendo com que o exame seja totalmente personalizado. O resultado do exame é representado mediante um gráfico, plotado pelo técnico e laudado pelo médico, que avalia a capacidade visual (campo de visão). As áreas onde não apresentam respostas positivas ao aparecimento do estímulo luminoso, ou seja, onde o paciente não enxerga o estímulo, são chamadas de defeito de campo visual ou Escotoma.

Nas últimas duas décadas, a Perimetria computadorizada tornou-se o exame padrão para a avaliação do campo visual, porém a Perimetria computadorizada tem algumas limitações que exigem a realização da Perimetria manual. Estudos multicêntricos mostraram a Perimetria manual tem uma capacidade maior de detectar anormalidades no Campo Visual e localizar a lesão, nos casos de doenças neurológicas. Os mesmos estudos mostraram também, que a perimetria manual tem uma capacidade de exatidão maior quando o paciente apresenta problemas motores e cognitivos, fator que não é considerado pela campimetria computadorizada. Por tanto a escolha pelo tipo de Perimetria, manual ou computadorizada, deve ser realizada por seu médico oftalmologista de acordo com seu quadro clínico e suspeita de doença e descrita no pedido médico.

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